sábado, 19 de março de 2011

Das companhias acéticas de amor II

Tem sempre uma japonesa no amor dos outros. Vai ver é porque elas são exatas, nem todas. Umas são bagunçadas e espinhentas como o resto de nós - nem todo. Mas como povo elas parecem ser exatas, o objeto perfeito para se desejar. Elas todas usam saias e têm um jeito de usar as saias que é como se não tivessem de saia - mas é essencial que estejam. Todo desejo já pousou vez ou outra na saia de uma japonesa. Toda imaginação, vez ou outra, debaixo. E cada cabelo ocupa seu lugar preciso, uma ordem perfeita - desordem ainda mais. Cada movimento é preciso. Podem ser precisas de controle, mas nas pernas perfeitas e no rosto sem marcas são leves e impassíveis como só pode quem sabe que tem sempre alguém se perdendo por elas. Sempre alguém batendo uma punheta ou vendendo a casa por elas. Mas o que eu queria mesmo saber é por quem se perdem as japonesas.